sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

En la feria de Tristán Narvaja...

Montevidéu, domingo, plátanos, céu azul. Uns postais, parafusos, maquiagem. Creme chinês, leque japonês, brinquedos made in Taiwan. Garrafas diversas, copos fora do conjunto. Cuia, bomba, térmica, mateira, murga tocando ao fundo. O quadro de um gaúcho tomando Coca-cola. Lápis de cor, controle remoto, uma lata de biscoitos suíços vazia. Livros, revistas, pimentões. Tábua de passar roupa, moedas antigas, prancha de surf e roupa de borracha. Montes de garfos, bonecas peladas, temperos variados. Rodinha de skate, rodinha de cadeira de rodinha. Facão, cone de abajur, celular. Negros, brancos, índios, turistas. “Pêras deliciosas” vendidas por alguém muito irônico. Brincos, grelhas, coelhos. Gravatas do meu avô, tamancos da minha avó. Uma Vespa. Eletrodomésticos antigos, massas caseiras, chá para emagrecer. Chaves que não abrem mais nada, cadeados sem chave. Cabides de plástico, óculos escuros, cadeirinhas para crianças. Carretel de linhas de todas as cores. CD, DVD, fita de vídeo. Botão, espelho, cadeira de praia. Pilhas, radinho à pilha, pilhas de roupas novas, usadas ou muito usadas.

Tudo se encontra na dadaísta feira de Tristán Narvaja.


Montevideo, setiembre de 2009.

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