terça-feira, 13 de setembro de 2016

Ele parece um cara sério. Mas, se fosse, me deixaria apreensiva – e não é assim que me sinto. “Seriedade” soa bem parecido com “serenidade”. Acho que é esse o olhar que ele tem, sereno, claro e transparente como as águas de bem longe daqui. E não é que sorria pouco, ou que lhe faltem motivos para sorrir, mas fato é que ele não desperdiça sorrisos o tempo todo. Então, quando a nossa conversa o faz sorrir, sinto que me ilumina por completo, como o sol que sempre nasce curiosamente inesperado após uma noite longa. Não, ele não me deixa apreensiva – seu tom grave é tão leve, seu jeito tão genuíno me tranqüiliza. Com a imponência discreta de uma montanha sagrada, revela o fogo que arde e flui em um gozo verdadeiramente vulcânico. Te vi montanha, te descobri vulcão. E a tua força tectônica mexeu comigo...

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