Ele
parece um cara sério. Mas, se fosse, me deixaria apreensiva – e não é assim que
me sinto. “Seriedade” soa bem parecido com “serenidade”. Acho que é esse o
olhar que ele tem, sereno, claro e transparente como as águas de bem longe daqui.
E não é que sorria pouco, ou que lhe faltem motivos para sorrir, mas fato é que
ele não desperdiça sorrisos o tempo todo. Então, quando a nossa conversa o faz
sorrir, sinto que me ilumina por completo, como o sol que sempre nasce
curiosamente inesperado após uma noite longa. Não, ele não me deixa apreensiva
– seu tom grave é tão leve, seu jeito tão genuíno me tranqüiliza. Com a imponência discreta de uma
montanha sagrada, revela o fogo que arde e flui em um gozo verdadeiramente
vulcânico. Te vi montanha, te descobri vulcão. E a tua força tectônica mexeu
comigo...
Há 3 dias
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