terça-feira, 13 de setembro de 2016

Ele parece um cara sério. Mas, se fosse, me deixaria apreensiva – e não é assim que me sinto. “Seriedade” soa bem parecido com “serenidade”. Acho que é esse o olhar que ele tem, sereno, claro e transparente como as águas de bem longe daqui. E não é que sorria pouco, ou que lhe faltem motivos para sorrir, mas fato é que ele não desperdiça sorrisos o tempo todo. Então, quando a nossa conversa o faz sorrir, sinto que me ilumina por completo, como o sol que sempre nasce curiosamente inesperado após uma noite longa. Não, ele não me deixa apreensiva – seu tom grave é tão leve, seu jeito tão genuíno me tranqüiliza. Com a imponência discreta de uma montanha sagrada, revela o fogo que arde e flui em um gozo verdadeiramente vulcânico. Te vi montanha, te descobri vulcão. E a tua força tectônica mexeu comigo...

segunda-feira, 27 de junho de 2016

batom
no meu queixo?!
não me queixo.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Hoje eu adorei ter conjuntivite. Fui mandada embora do trabalho para não contagiar ninguém, e o dia frio estava tão ensolarado que eu não me perdoaria se não o aproveitasse. Corri para a Redenção, achei um cantinho para me sentar em meio às árvores, e essa tarde me recordava de outras tantas. De namorar no parque Germânia, de amigos inesquecíveis no Parc de la Ciutadella, de domingos em Montevidéu, do caloroso inverno de Puebla, de rir e chorar e não me importar com nada em Buenos Aires... Depois de pouco tempo entendi por que é que eu sentia toda essa intensidade de quem está viajando a passeio: porque meus olhos insistiam em guardar aquela tarde em sucessivas fotos mentais. Porque, com nada mais do que um livro e um chimarrão como companhia, dentro de mim eu estava completamente sol.

terça-feira, 7 de junho de 2016

não se fazem mais
saudosismos
como antigamente

domingo, 29 de maio de 2016

o sopro do vento
a percussão da chuva
o ritmo de domingo

quinta-feira, 21 de abril de 2016

e eu aqui, esperando
que a tristeza me largue
que um milagre me alegre
As ruas em que morei nesta cidade levam os nomes de uma santa, um coronel e um general. Acho que são esses os tipos de pessoas que nossa cidade homenageia... as mulheres santas e os homens bélicos!

domingo, 10 de janeiro de 2016

Crase

O que pode ser pior
que namorar à distância?
Namorar a distância.