domingo, 6 de maio de 2018

Olhando assim de longe
os carros na ponte parecem ir devagar
os aviões decolam vagarosos
as nuvens mal saem do lugar
o sol sobe preguiçosamente
as revoadas de pássaros são lentas
o rio corre de mansinho
o resto nem se movimenta

o trem atropela
o nosso ritmo das manhãs
o trabalho não espera
a felicidade, sim.

Um comentário:

  1. O aceleramento faz a felicidade escapar
    Derrapa nas curvas um olhar à sombra,
    Manso, que apazigue o tempo
    Momento sublime no qual até as maquinas maquinam belezuras.
    Pinçar este tempo do sossego desassossegado é sempre um ato inventivo, obrigado por nos recordar disso pela poesia rouca.

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